28 de jun. de 2009

APENAS UM ABRAÇO

DIÁRIO DE MINHA VIDA


Hoje estou carente
Desejando tão somente
Um abraço

Pode ser bem calminho
Bem devagarzinho
Mas que tenha muito carinho.

Vai não custa nada
Só desejo que seja verdadeiro
Que tenha amor e amizade
Que tenha sinceridade.

Apenas um abraço
Estou carente
Estou sozinha
Precisando de seu carinho.

Meu dia amanheceu
Frio e nublado
Abrace-me por favor
Quero sentir o teu calor.

(Vania Staggemeier)

Decidi postar esta poesia em resposta aos ultimos acontecimentos somente neste mês de junho que já está no fim. É bastante complicado viver diariamente com a falta física de carinho e atenção, ao invés disso, tenho sido constantemente atacado por intolerância de uma ente querida, que por algum motivo inexplicável, está me deixando de lado e de colegas e companheiros do dia-a-dia que sentem medo de mim, e me excluem de qualquer participação social, mesmo quando me esforço para melhorar e tentar me aproximar.

Só mesmo DEUS e a força da fé que tem me ajudado até então a me manter calmo e sem alarme diante de uma situação que a cada dia fica mais forte, na verdade, isso tudo juntando também com as frases de reflexões e os livros que eu leio, tem me confortado nestes momentos difíceis.

E apesar de me manter calmo e tranquilo por fora, por dentro, sinto-me desparafusar toda a minha mente diante de tanta angustia e rejeição que venho enfrentando. Nunca pensei que isto fosse me atingir cada vez mais forte conforme os anos vão se avançando e vou deixando a adolescência pouco aproveitável e indo em caminho a vida adulta sem surpresas agradáveis.

Ando-me muito solitário, sedentário e vazio, preciso apenas de um abraço e nada mais, mas enquanto não tenho, vou me conformando com força e fé e atravessarei esse vale da solidão rumo a algum lugar, para qual, não sei!

Ricardo

7 de jun. de 2009

LIVRE ARBITRIO

NOSSO COTIDIANO

Leiam atentamente a reflexão abaixo:

QUANDO ENTRA O ANTAGONISTA
(de Richard Simonetti)

(Mateus, 26:17-30 / Marcos, 14:12-17 / Lucas, 22:7-14, 24-30 / João, 13:1-20)


Dentre as festividades da Páscoa, havia a ceia, cujo prato principal era um cordeiro, sacrificado em homenagem à fuga para o Egito.

A tradição primeiro, depois a Teologia, situariam Jesus como o Cordeiro de Deus, sacrificado para salvação dos homens.

A expressão salvação não se ajusta aos princípios espíritas. Ninguém está perdido, pois todos somos filhos de Deus e permanecemos sob seu olhar complacente.

Mesmo aqueles que se comprometeram na rebeldia e no desatino, no vício e no crime, não estão isolados na obra da Criação.

Por mais longe nos levem nossos desatinos, ainda assim permaneceremos nos domínios de Deus, regidos por leis soberanas que reajustam nossas emoções e renovam nossas idéias, mostrando-nos o que é bom e o que não é bom para nós.

Jesus veio acelerar nossa jornada evolutiva. Alguém a nos mostrar que a reta do Bem é o caminho mais curto entre a animalidade que nos domina e a angelitude que devemos atingir.
É como se nos dissesse: "Acompanhem meus passos, observem minhas lições. Andarão mais depressa..." Portanto, não o imaginemos um cordeiro, sacrificado para limpar nossos pecados com seu sangue.

Segundo o comentário de Allan Kardec, na questão 625, de O Livro dos Espíritos, Jesus foi abençoado modelo, o Espírito mais puro que já transitou pela Terra, mensageiro divino, a nos ensinar como cumprir as Leis Divinas para vivermos tranqüilos e felizes.

O Mestre aproveitaria essa comemoração para transmitir as derradeiras instruções ao colégio apostólico. Pediu aos discípulos que procurassem um homem que lhes cederia sua residência, em Jerusalém. Não se sabe quem foi. Talvez Nicodemos ou José de Arimatéia, fariseus de boas posses, simpatizantes da nova doutrina.

À tarde compareceram todos., ao que parece, sem a presença dos donos da casa, preservando-se a intimidade do grupo. Há um quadro famoso de Leonardo da Vinci mostrando Jesus ao centro de uma mesa retangular, rodeado pelos discípulos.. Segundo os exegetas, mais provável que a mesa tivesse uma forma de U, com Jesus ao centro. A ladeá-lo, Simão Pedro e João.

Os discípulos viviam momentos de expectativa. Sabiam que algo importante estava para acontecer, mas não tinham a mínima idéia das tormentas que viriam, não obstante o Mestre deixar bem claro que enfrentaria duros. testemunhos, culminando com sua morte.

Após uma convivência de três anos, ainda não haviam assimilado a idéia do Reino de Deus como uma realização interior. Imaginavam tratar-se de conquista puramente material. No momento oportuno, Jesus convenceria os incrédulos, submeteria os poderosos à sua vontade soberana, e instalaria o Reino.

Passaram, desde logo, a tratar de um assunto que lhes parecia fundamental: Qual deles seria o maior na nova ordem, o preposto principal de Jesus? Podemos imaginar a melancolia de Jesus, observando os companheiros. Não haviam entendido absolutamente nada.

Em dado instante, ergueu-se, tomou de um vaso d'água e passou a lavar os pés dos discípulos. A reação foi imediata. Todos acharam absurdo que Jesus se portasse co- mo simples servo.
Simão Pedro perguntou:
- Senhor, por que me lavas os pés?
- O que faço, tu não sabes agora, mas saberás depois disso.
- Não, Senhor não me lavarás os pés!
- Se não te lavar, não terás parte comigo!
- Então, Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça.
Era bem o velho Simão, sempre efusivo exagerado.

Jesus lavou os pés de todos. Depois, erguendo-se, falou:
- Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. E se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, assim deveis fazer uns aos outros.
O ensinamento é magistral, reafirmando a mensagem mais importante:
Para Deus o maior será sempre aquele que mais disposto estiver a servir, o que mais se dedique ao bem comum.

Quando chegar a nossa hora, quando retornarmos à espiritualidade, ninguém nos perguntará por nossos títulos, patrimônios, cultura, conhecimento. Se fomos o presidente da república, um capitão de indústria, um artista famoso, um desportista vencedor ou mero trabalhador braçal.
As perguntas fundamentais serão:
O que fez de bom?
Quantas pessoas ajudou?
Quanto amor disseminou?

Em seguida, Jesus revelou:
- Em verdade, em verdade vos digo: um de vós que come comigo há de me entregar: A mão do que me trai está comigo à mesa.
Tinha plena consciência dos planos de Judas. Lia a alma das pessoas como a um livro aberto.

Os discípulos ficaram indignados. E lhe perguntavam, ingenuamente:
- Acaso sou eu, Senhor?

Jesus reiterou:
- Um dos doze, que põe a mão no mesmo prato comigo, esse me entregará. O Filho do Homem vai, conforme foi determinado e está escrito a seu respeito, mas ai do homem por quem o filho do Homem for entregue! Seria melhor para esse homem se não houvesse nascido!

Ao dizer que seria melhor não ter nascido, Jesus demonstra que a traição de Judas não constava do projeto messiânico. Aconteceu, não por decisão divina, mas por desatino humano, na iniciativa de um discípulo iludido com as conquistas materiais. O mal nunca é programado.
Situa-se por fruto das ações do Homem, quando contrárias à vontade de Deus.

Dirigindo-se a João, sentado ao seu lado, Jesus informou que o traidor seria aquele a quem entregasse o pão molhado no vinho. E o ofereceu a Judas, dizendo:
- O que tens que fazer, faze-o depressa!
Judas tomou o pedaço de pão e saiu imediatamente.

Diz o texto evangélico que depois do pão, entrou em fudas o antagonista, simbolizando as influências nefastas que o norteavam. Ninguém, à exceção, talvez, de João, compreendeu o que acontecera. Como era Judas quem guardava a bolsa do grupo, pensaram que saíra a comprar o necessário à festa e algo a dar aos pobres.

Indagará o leitor:
Se a traição de Judas não estava no script, por que Jesus não procurou demovê-lo?
A resposta é simples: Não adiantaria!

Judas firmara um propósito - promover uma reação popular com a prisão de Jesus, iniciando uma revolução. Nada do que o Mestre lhe dissesse haveria de modificar sua intenção, mesmo porque, a essa altura, sentia-se ele próprio um instrumento divino.

Se Judas não aprendera as lições de prudência e mansuetude, exemplificadas por Jesus, em três anos de convivência, não haveria de se sensibilizar com novas advertências.

Há quem questione a ação dos mentores espirituais quando as pessoas se envolvem com o mal. Por que não interferem? Equivocada dúvida!

Eles nunca deixam de nos advertir e orientar pelos condutos da intuição, além de mobilizarem variados recursos educativos, envolvendo a religião, o lar, a escola...

Quando a pessoa permite que, a par dessas benesses, entre em seu coração o antagonista, representando o envolvimento com as tentações e enganos do mundo, pouco adianta o empenho do mundo espiritual.

É deixar que a pessoa exercite o livre-arbítrio e quebre a cara, como se costuma dizer, aprendendo pela didática severa da dor, que é preciso respeitar as leis divinas.

(Página da revista REFORMADOR, AGOSTO, 2002)

Bem, meus caros amigos, recebi esta mensagem por e-mail através de um amigo e ao lê-la, me fez lembrar rapidamente de uma situação parecida da qual presenciei esta semana, com dois amigos meus, que moram juntos, sendo que, ambos possuem idade bem diferenciada (um 18 e outro 37) e logicamente, pensamentos e gostos muitos diferentes, apesar de se gostarem muito. Mas o que me chamou atenção é que o mais velho costuma impor o valor de suas opiniões e gostos para o mais novo, proibindo deste de fazer algo que para o mais velho, seja errado e prejudicial ao mais novo.

Isso está ocasionando em certos momentos, pequenos conflitos entre eles, que mais tarde, vem a cessar pois ambos realmente se gostam muito ou se necessitam, mas o pequeno conflito ocorre pois o mais novo possui uma personalidade muito diferente e lógicamente não irá conceber as ideias do mais velho de imediato. Mas a questão é que o amigo mais velho deveria apenas orientá-lo sobre o certo e o errado e mostrar-lhes as consequências e se o mais novo não as seguir, seria mais tarde punido pelo próprio erro, é assim que muitas pessoas aprendem (inclusive eu), infelizmente...

Mas esta é realmente a verdadeira justiça divina do livre-arbítrio, onde intuitivamente você recebe alertas sobre algo que lhe prejudique com a intenção do amor, e quando não as segue, é punido com a dor, do modo mais simples e popular "se não aprende com amor, aprende com a dor" e se meus dois adoráveis amigos se não começarem a compreender essa questão, podem vir a se estranharem e até se separarem, o que é uma fatalidade que ocorre com uma grande parcela de pessoas, nas relações pais-filhos e marido-esposa, em que um tenta impôr o que o outro não aceita devido a sua personalidade, então, sigamos o exemplo da reflexão, apenas oriente o melhor possível ao seu próximo sem impôr nada e deixe que seu livre-arbítrio tome parte.